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Jovem transforma comércio de roupas em loja de games


O empresário Elias Khalil sempre procurou desenvolver nos três filhos o gosto pelos negócios da família. Mas administrar uma loja de roupas não era o que o primogênito, Marcos Khalil, queria quando assumiu o negócio no lugar do pai, que precisou ficar afastado por problemas de saúde. Então, transformou o local em um ponto de encontro dos fãs de games.

Internado por causa de um ataque do coração, Elias quase sofreu um novo infarto ao descobrir que as roupas que comercializava estavam dividindo espaço com os jogos de videogame vendidos pelo filho.

Inicialmente, a família tentou esconder a novidade para preservar sua saúde, mas bastou um telefonema para que Elias descobrisse que alguns de seus funcionários tinham saído do emprego e até o nome do estabelecimento havia mudado. Tudo isso em menos de 40 dias.

“Meu pai sempre disse que quando eu completasse 18 anos, teria que começar a trabalhar na loja. Com a ausência dele, como já tinha essa idade, assumi a responsabilidade, mas do meu jeito”, diz o filho mais velho.

Hoje, 28 anos depois, a UZ Games é maior franquia especializada em games do país, com 37 lojas, sendo onze unidades próprias.
Trocas de produtos com amigos viraram estratégia de vendasMarcos conta que utilizou no comércio iniciante os métodos que já adotava informalmente com os amigos. “Usava minha mesada para comprar games, que vendia ou trocava. Nossas lojas até hoje usam o conceito de troca para atrair clientes e esse é um dos nossos diferenciais”, afirma.

Mas convencer o paizão de que o negócio de games tinha futuro não foi nada fácil. “Meu pai dizia que videogame era moda, ao contrário de roupa, que é algo de que as pessoas sempre vão precisar. Mas, eu insisti, pois sabia que não era assim”, declara Khalil.

Valeu a pena ser persistente. Atualmente, os videogames são o setor de entretenimento que mais movimenta dinheiro no mundo, superando o cinema. Pesquisa realizada pelo Ibope em março de 2012, aponta que 31% dos brasileiros têm consoles em casa (quase 60 milhões de pessoas).

Um levantamento realizado pela GfK Consumer Choices, companhia dedicada à pesquisa de mercado e líder em pesquisas relacionadas a tecnologia e eletroeletrônicos no mundo, mostra que as vendas de consoles no país aumentaram 53% em 2011, passando de 642 mil unidades vendidas em 2010 para 935 mil em 2011.

No entanto, foram necessários dois anos até convencer o empresário a mudar de vez o perfil das lojas. “Ele ficou muito chateado por terem acabado com o negócio dele, mas viu que era lucrativo e estava dando resultados muito melhores”, afirma.

Quando, finalmente, aceitou a transição, o pai quis ficar à frente das operações, juntamente com os filhos, que se dividiram na direção de duas novas unidades. “Para nós, a experiência dele como comerciante é muito importante. Aprendi bastante com meu pai”, destaca Khalil.
Novo rumo para a loja da família garantiu expansão da rede

Em 1999, com as lojas já consolidadas e uma clientela fiel, ele apostou em shopping center. “Fizemos um teste com um ponto de venda pequeno e vimos que atingíamos muito mais o nosso público-alvo. Além disso, havia outras facilidades, como estacionamento e mais segurança”, afirma.

De tão fieis e aficionados por games, muitos clientes começaram a perguntar como poderiam ter uma franquia UZ Games. Estruturar o projeto de expansão foi o próximo passo de Khalil.

“Nosso cliente é especialista no assunto, ele conhece os jogos, sabe as datas dos lançamentos. Por isso, damos muito importância ao treinamento de funcionários. Os franqueados contam com esse suporte”, afirma Khalil. A meta da rede é chegar a 60 lojas este ano.

O empreendedor diz que o mercado brasileiro de games ainda tem muito para crescer. “Por sermos especializados, viramos parceiros das grandes empresas de games e tecnologia que chegam ao Brasil, como Nintendo, Microsoft, Warner e Sony. O segredo do sucesso está em gostar do que faz”, diz.

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